quarta-feira, 28 de maio de 2008
3ª mostra de profissões da UFOP acontece na próxima sexta-feira
Cerca de cinco mil estudantes se preparam para participar da 3ª Mostra de Profissões da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que acontece nesta sexta-feira, 30 de maio das 8h30min às 17h no campus Morro do Cruzeiro da UFOP.
O intuito da mostra, que é realizada anualmente, é reunir alunos de todo o país que estão cursando o 3º ano do Ensino Médio e proporcionar uma escolha mais conscientizada em relação ao Ensino Superior.
Vindos de todo o estado, os estudantes de aproximadamente 50 cidades distintas, serão recepcionados na entrada da Escola de Minas e durante todo o dia poderão desfrutar de palestras, atividades culturais, salas interativas, estandes e, assim, conhecer os 31 cursos de graduação oferecidos pela UFOP.
Para esclarecer dúvidas sobre o evento, os inscritos devem entrar em contato pelo e-mail mostradeprofissoes@ufop.br ou pelo telefone (31) 3559-1322.
terça-feira, 27 de maio de 2008
31 dicas do "democrata"
Baseado no sagrado princípio de que eleição é a arte do cálculo político, o prefeito do Rio de Janeiro criou uma maravilhosa cartilha: “31 dicas para campanha eleitoral”.

Trata-se de um manual de ataque e defesa onde, explicitamente, a honestidade perde lugar para a confiança. Pelo jeito, o “burgomestre” deixou um forte legado no meio estudantil de Ouro Preto.
Transcrevo abaixo as dicas de César Maia. Ele tem razão em algumas delas, principalmente na quarta - uma regra básica do eleitorado: a gente escolhe primeiro em quem não votar.
31 DICAS PARA CAMPANHA ELEITORAL
1. O fracasso é certo quando se tenta agradar a todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.
2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.
3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.
4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.
5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia.
6. Candidato que se explica, perde.
7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as “brancas”.
8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu.
9. Defina o “inimigo”. Depois dê nitidez a ele. Só você pode desmontá-lo.
10. Candidato tem que se comprometer.
11. Em debates, perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.
12. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.
13. Primeiro se re-conquista o seu eleitor. Depois o indeciso.
14. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha.
15. O desafio das campanhas é fazer com que se sonhe.
16. A linguagem do marketing político é a do marketing de valores, e não do marketing comercial.
17. Candidato tem que ter CRENÇA.
18. O eleitor vota racionalmente, embora com pouca informação. Ou seja: relaciona causa e efeito.
19. O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro.
20. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição.
21. Cuidado com os fotógrafos em campanha.
22. Não necessariamente divulgue a agenda. Só a que interessa.
23. As pesquisas mexem com o animus de campanha. E com o financiamento.
24. Não ataque diretamente. Use “ouvi falar”, “dizem”, “soube” ou na TV, locutor ou testemunhas.
25. Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes. As agressões – gritos e palavras chulas - ofendem o eleitor.
26. Ataque mantendo a serenidade, a tranqüilidade.
27. Quase sempre ganha o candidato mais determinado.
28. Currículo não ganha eleição. O que ganha eleição é capacidade de desenvolver a campanha. É a campanha.
29. O eleitor decide em termos de Fla x Flu. Polarize a eleição. Deixe claro contra quem você é candidato.
30. O eleitor vota pragmaticamente. Ele já sabe como usar as pesquisas. O voto útil é fundamental e já ocorre no primeiro turno.
31. Não ataque todas as candidaturas no primeiro turno. Você precisará de uma delas – pelo menos - no segundo turno.
domingo, 18 de maio de 2008
Rocinha fatura mais um caneco

quinta-feira, 15 de maio de 2008
CAHIS convoca para Assembléia Geral dos Estudantes de História
• Balanço de gestão;
• Constituição da Junta Eleitoral.
A Assembléia Geral, o órgão superior de deliberações do Centro Acadêmico de História, é constituída pela totalidade dos estudantes do curso de História da UFOP.
Participe!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Definidos os finalistas da X Copa CAHIS

terça-feira, 13 de maio de 2008
Termina a primeira fase da competição.
Artilharia
16 - Marco - Orfanato
11 - Caio - Kaxeta
8 - Giorgio - Vúlvaros
8 - Éder - Kaxeta
8 - Filipe - S.S. Chora Rita
7 - Brunin - Calangos
6 - Rafael - Calangos
6 - José Carlos "Roni" - Vúlvaros
6 - Ricardo - Orfanato
5 - Gilson - Vúlvaros
5 - Thiago - S.S. Chora Rita
4 - Rafael "Krust" - Vúlvaros
4 - Betão - Orfanato
3 - Alexandre "Sekuela" - Rocinha
3 - Eduardo Gnose - Rocinha
3 - Eder - Buceta
3 - Fernando - Buceta
2 - Bruno -Calangos
2 - Caio - Calangos
2 - Bruno - Buceta
2 - Alessandro - Buceta
2 - Ygor - Orfanato
2 - Alexandre "Djhow" - Rocinha
2 - Matheus - Rocinha
2 - Rui - S.S. Chora Rita
2 - André - Kaxeta
2 - Fernando - Buceta
2 - Fuvio - Orfanato
2 - Georgenes - Ora Pro Nobis
2 - Rafael - Ora Pro Nobis
2 - Rafael "Mini-mim" - S.S. Chora Rita
1 - Henrique - Kaxeta
1 - Marcelo - Ora Pro Nobis
1 - Pablo - Rocinha
1 - Bartolomeu - Rocinha
1 - Bolchevique - Buceta
1 - Smurf - S.S. Chora Rita
1 - Loro - S.S. Chora Rita
sábado, 10 de maio de 2008
Na ditadura, quem tem coragem e dignidade mente

Sem entrar no mérito da questão política que esquenta as relações entre governo e oposição (o tal "dossiê" dos gastos de FHC & Cia. que, segundo membros da oposição, seria utilizado para chantageá-los), as considerações feitas pela ministra são esclarecedoras no que toca a nossa história política recente.
A ministra (que, durante a ditadura, participou da luta armada atuando em organizações de esquerda) relembra uma história de luta pela democracia no país e descortina a face de quem esteve do outro lado nos momentos mais difíceis da República.
José Agripino Maia, do partido que hoje é intitulado "Democratas" (ex-PFL, ex-PDS e ex-Arena), perdeu a oportunidade de fazer intervenções mais produtivas, jogando toda sua tentativa de desmoralizar a ministra por água abaixo. O senador já não anda com um moral muito alto para falar de nossa história democrática. Recentemente, a vida política de vossa excelência foi escancarada pela revista Caros Amigos.
Assim como a ministra se orgulha de mentir sob tortura, José Agripino também alega se orgulhar de ter rompido com o PDS e ter se filiado ao PFL para apoiar Tancredo em 84. Respeitemos o orgulho de cada um. Quem interessar pode assistir ao vídeo do Senado Federal em qualquer dos links abaixo:
Terra TV - TV Senado
You Tube - TV Senado
You Tube - Programa do Jô
Calangos vence e se classifica

15h30 - S.S. Chora Rita 3 x 17 Orfanato
17h00 - Ora Pro Nobis 1 x 4 Rocinha
18h00 - Kaxeta 8 x 8 Vúlvaros
05/5
16h00 - Calangos 6 x 9 Kaxeta
17h00 - Rocinha 2 x 3 Orfanato
18h00 - Buceta 4 x 10 Vúlvaros
17h00 - Kaxeta 5 x 6 Buceta
18h00 - S.S. Chora Rita 10 x 1 Ora Pro Nobis
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Orfanato 100%

Na chave A, a Buceta (já eliminada) venceu a equipe da Kaxeta (6x5), que se mantém na segunda posição e espera o jogo entre Calangos e Vúlvaros para saber se continua na competição. O jogo, que acontece daqui a pouco, vai definir a situação dos times na Chave A e muita coisa pode acontecer. Se a Vúlvaros vencer ou empatar a partida, nada se altera na tabela. Mas se a Calangos vencer, dependendo do número de gols, tanto a Kaxeta quanto a Vúlvaros (que até agora estão se classificando) podem ficar de fora da semi-final. A expectativa é grande.
Apesar de ser um jogo importante para definir os rumos da X Copa CAHIS, o confronto entre Calangos e Vúlvaros não é o único que está mobilizando a atenção do público que tem acompanhado a competição.
O esperado encontro entre Ora Pro Nobis e Salve Salve Chora Rita também está causando frisson. Será um jogo histórico! Afinal, ao menos uma das duas equipes (que já estão eliminadas) somará o seu primeiro (e talvez único!) ponto na história da copa. Além do mais, teremos uma imperdível disputa entre a pior defesa da competição contra o pior ataque. A Salve Salve Chora Rita levou 25 gols até agora e a Ora Pro Nobis balançou a rede de seus adversários apenas 2 vezes. Este grande confronto nos traz à memória o clássico jogo de futebol dos filósofos. Quem vencerá esse duelo?
Movimentos para interromper as mudanças na América Latina
(Texto publicado originalmente no site da Agência Carta Maior, traduzido por Naila Freitas - Verso Tradutores).
Ana Ester Ceceña*
A Bolívia está em uma das encruzilhadas mais perigosas que já enfrentou nos últimos tempos. O dia 4 de maio, data da realização de um referendo convocado pela oligarquia autonomista da chamada Meia-Lua, a despeito da sua ilegalidade representa um ponto de inflexão, ou de ruptura, tanto nos processos internos como nos da América Latina em seu conjunto.
Se estivéssemos em um jogo de estratégia, poderíamos reconhecer um conjunto de jogadas quase simultâneas que foram configurando a possibilidade de uma ruptura nos processos latino-americanos de recuperação de soberania:
1. Uma campanha midiática permanente, centrada no presidente Chávez como figura do mal, que busca obstaculizar qualquer tipo de articulação alternativa daquela que é promovida pelos Estados Unidos através dos seus tratados de livre comércio, de investimento e de cooperação em segurança.
2. Uma mudança na orientação normativa dos códigos penais, tendente a criminalizar as ações de resistência civil e de defesa do território.
3. Uma tentativa de estender o Plano Colômbia para o Paraguai, desde um ano antes da última eleição, e para o México, com o argumento de que nesses países há presença ativa das FARC na forma de campos de recrutamento e treinamento. Esta ofensiva é mais intensa no caso do México, depois do ataque em Sucumbíos, onde foram assassinados quatro estudantes mexicanos e ferida uma quinta.
4. Um golpe brutal contra o processo equatoriano, violando de modo flagrante sua soberania, colocando em tensão o conjunto da região. Tão grave, tão por surpresa e tão violatório foi o ataque, que obrigou a mobilizar tropas em alerta para as fronteiras do Equador e da Venezuela, levou a um inédito debate na Cúpula de Presidentes em Santo Domingo e ao rompimento de relações, até esta data, entre a Colômbia e o Equador.
Neste caso, a mão do jogador oculto ficou ao descoberto em virtude de que tanto a Assembléia Constituinte do Equador como o presidente Correa enfrentaram o fato em toda a sua complexidade. Depois de analisar a informação técnica do bombardeio, parece fundada a suspeita de um envolvimento da base de Manta e exige-se a realização de uma auditoria que determine as atividades dessa instalação antes, durante e depois de 1º de março de 2008. E, embora esta base termine seu convênio em 2009, seu envolvimento no ataque poderia modificar sua permanência.
Pode-se dizer que apesar da jogada ter estado muito bem planejada, e aparentemente contou com apoio interno, a julgar pela omissão de informação e resposta do exército e pela restruturação posterior das cúpulas militares, seu resultado não foi completamente satisfatório. Talvez foi ousada demais para um contendor que ainda não havia se mostrado plenamente, e que terminou sendo muito mais sólido, firme e aguerrido do que se podia supor.
5. Campanhas de cooptação por parte da Embaixada dos Estados Unidos na Bolívia, como foi oportunamente denunciado pelo presidente Evo Morales, tentando desacreditar e debilitar a Assembléia Constituinte mas, adicionalmente, buscando formar essa força desestabilizadora que, ao lado da oligarquia da Meia-Lua, chegaram a propor, e organizar, um referendo ilegal e de enfrentamento.
6. Como dado aparentemente menor, se for visto isoladamente, na zona de Chaco estão sendo registrados, novamente, exercícios militares que envolvem a presença de efetivos norte-americanos. Esta região, lindeira com a zona boliviana em conflito e dotada das jazidas de gás que têm sido objeto de disputa, é cenário de exercícios militares, ou de missões chamadas humanitárias, das forças armadas estadunidenses há tempos. A partir do ano 2000, esses exercícios aumentaram, coincidindo com as impugnações à privatização e com o saque dos recursos naturais por parte das organizações sociais da região.
Durante 2006 e 2007, como parte do convênio de imunidade das tropas norte-americanas no Paraguai, concedido pelo Congresso, foi reformado o aeroporto militar de Mariscal Estigarribia, notável por seu baixíssimo tráfego, suas boas condições e suas dimensões, adequadas para receber o pouso de aeronaves “de grande envergadura”, capazes de transportar equipamento pesado e ligeiro e grandes quantidades de efetivos.
Aos tradicionais MEDRETES (exercícios de atenção médica) realizados no Paraguai e àqueles que se realizam nos rios Paraguai e Paraná, somam-se hoje (notícia da última semana de abril) os exercícios Nuevos Horizontes (supostamente para construir escolas) no Chaco argentino.
7. Encerrando com fecho de ouro estas que são apenas as jogadas mais evidentes, mobiliza-se a Quarta Frota da Marina norte-americana para articular e institucionalizar as patrulhas em torno do Continente, que até agora eram feitas, cada vez com maior intensidade e presença, como operações isoladas.
A Quarta Frota estabelece as novas fronteiras do Continente. Um Continente cercado a partir do mar, se a iniciativa não for impugnada.
O desafio do referendo é, de fato, neste contexto, a provocação que poderia acender a mecha. A beligerância da oligarquia boliviana foi crescendo ao mesmo tempo que as declarações do embaixador dos Estados Unidos se tornavam mais agressivas contra o governo legítimo e constitucional de Evo Morales, sua agressividade parece buscar mais um confronto do que um resultado nas urnas. Uma guerra civil poderia começar, sem muito trâmite, e levaria o Continente inteiro para uma nova época de escuridão que só satisfaz aos corvos.
A mesa está posta. Resta apenas a maturidade do povo boliviano para desmontar a armadilha que está fazendo crescer a tensão e acendendo a mecha.
As últimas medidas de nacionalização do presidente Morales deixam ver que sua aposta é pelo compromisso, talvez ainda mais firme que quando assumiu suas funções, com o povo ativo, rebelde e mobilizado da Bolívia.
“Somente o povo salva o povo”.
* Ana Esther Ceceña é socióloga, integrante do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso)
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Jogos de ontem adiados
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Cara à tapa – SP ARTE

Durante os dias 24 a 27 de Abril, no pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, foram expostas inúmeras obras de arte modernas e contemporâneas. O evento, que acontece desde 2005, parece ter uma repercussão bastante significativa principalmente entre os colecionadores de arte, e outras pessoas que, de um modo ou de outro, estão ligado a este mundo tão pouco conhecido e vivenciado por nós.
A primeira impressão que se tem ao entrar numa feira de arte (ou seja, lugar onde as pessoas pagam pequenas fortunas pelas peças artísticas, assim como nós pagamos por um café mal coado) é a grandiosidade de tal evento. Eram galerias a se perder de vista, algumas muito bem estruturadas, que ganhavam nossa atenção pelos efeitos de composição que se dava entre peças expostas e espaço da galeria, que, não raro, parecia tão harmonioso que até os responsáveis pelas galerias pareciam objetos decorativos.
O interessante, a se relatar neste comentário é como as pessoas se portavam frente às obras. Posso dizer, sem chance de estar errado, que poucos de fato olharam para as obras. Ouvíamos muitas frases do gênero “que obra bonita”, “que coisa estranha!”, “Nossa, que obra interessante!”, entre outras tantas. Raros foram os comentários mais reflexivos, nem ao menos, consegui ouvir alguma reação que me aparentasse verdadeira. Percebi, com isso, que na verdade, não é que falta um conhecimento prévio para se entender ou fruir arte, me parece porém, é que nos falta a capacidade primária do olhar. Somos educados de tal modo que a arte se aproximaria de uma relíquia, que de tão preciosa, apenas poucos têm capacidade de alcançá-las, por isso não nos damos ao trabalho de sequer olhar; preferindo, assim, as frases feitas regadas de ignorância.
Depois de quase quatro horas visitando as galerias, percebi também o quanto de fato preciso (e quero!) aprender sobre arte, contudo, creio não ter mais medo de encarar essas peças que, apesar de serem muito valiosas num sentido humanista da palavra, grande parte delas estão expostas para nós! Mas, se neste momento você estiver pensando que o que eu falo é uma grande baboseira, pois as grandes exposições estão sempre nos grandes centros urbanos, por um momento concordaria contigo, mas lhe perguntaria a seguir: você conhece a arte da cidade em que reside? Das cidades vizinhas?
Rocinha perde a invencibildiade

quinta-feira, 1 de maio de 2008
O Dia do Trabalhador entre lutas e festas
O 1º de Maio vem sendo comemorado no Brasil desde fins do século passado. Embora haja divergências quanto à data da primeira comemoração, tudo indica que ela foi realizada no ano de 1895, em Santos (SP), e organizada pelo partido operário daquela cidade. Nas primeiras décadas do século, o 1º de Maio foi comemorado pela classe operária como um dia de luta e reivindicações por melhores condições de vida e trabalho, contra a guerra, por liberdades, etc. Em 1925, contra os protestos dos trabalhadores e procurando institucionalizá-lo, o governo transforma o 1º de Maio em feriado nacional.Nos anos trinta e, em particular, durante o Estado Novo (1937-1945), o governo procurou retirar o significado de combate da data e converter o 1º de Maio num dia de festa oficial, programada e dirigida pela máquina estatal. Nele, Getúlio Vargas aparecia como grande protetor dos trabalhadores brasileiros.Após a redemocratização de 1945, o movimento operário procurou resgatar e reafirmar o conteúdo classista do dia 1º de Maio. A partir de 1947, mesmo sob a repressão do governo Dutra, a classe operária imprime ao dia um conteúdo de luta e reivindicação por melhores condições de trabalho, em defesa da paz, das liberdades democráticas, contra a carestia de vida, pela independência nacional e pela reforma agrária.A partir de abril de 1964, o regime autoritário procura imprimir às comemorações do 1º de Maio - como já havia sido feito no Estado Novo - um caráter policlassista e dirigido pelo Ministério do Trabalho. Em contraposição, o movimento operário oferece resistência das mais diversas formas. Em 1968, o 1º de Maio em São Paulo, organizado pelo governo do Estado, transforma a praça da Sé em campo de batalha, num protesto planejado pelas organizações radicais de esquerda - Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Ação Libertadora Nacional (ALN) e a Dissidência Universitária Comunista de São Paulo, entre outras, com o apoio da Ação Popular (AP) - que tomou e queimou o palanque das autoridades.Resistindo às tentativas do regime autoritário em transformar o 1º de Maio de mero festejo ou numa manifestação sem conteúdo de classe, o movimento operário tem procurado imprimir à data um caráter de confraternização, reivindicação e luta. Nesse sentido registraram-se avanços, como em 1979 e 1980, quando cerca de 150 mil trabalhadores reunidos em São Bernardo do Campo (SP) e desafiando o regime, recuperaram o sentido real do 1º de Maio.
* Texto extraído do Portal da Fundação Perseu Abramo.
Veja abaixo as principais notícias sobre o dia 1º. de maio.
O Globo: Missa na Sé abre programação do 1º. de Maio em SP.
Brasil de Fato: Em meio à crise do sindicalismo, centrais defendem a redução de jornada.
JC On Line: Sem protestos, 1º. de Maio é só festa no Recife.
AFP: 1º de Maio tem protestos violentos na Alemanha.
Folha On Line: Show e sorteios marcam festas no 1º. de Maio em SP.
O Tempo: Muita festa e luta por direitos.
Programação: centrais sindicais promovem eventos paralelos para celebrar o Dia do Trabalhador:
» Dia de luta por emprego, moradia, terra e direitos sociais. Intersindical e Conlutas convocam militantes para ato público na Praça da Sé, em São Paulo. As entidades reafirmam a data como "dia de luta" e não "dia de festa" e propõem a celebração dos 40 anos do dia 1º. de maio de 1968.
» CUT comemora seus 25 anos com festividades em várias cidades do Brasil. Duas reivindicações serão enfatizadas: redução da Jornada de Trabalho, sem redução de Salários; e ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT.
» No Campo de Bagatelle, a Força Sindical realiza celebração com o tema: "Reduzir a jornada é gerar empregos". Além dos vários shows, vários prêmios serão sorteados por meio de cupons distribuídos pelas entidades filiadas à Força.
» A UGT realizará a sua principal comemoração em Carapicuíba/SP. O evento também marcará a defesa da UGT pela redução da jornada e transposição das águas do Rio São Francisco.
Projeto República realiza seminário sobre memória na canção popular e no cinema brasileiro
Na mesma semana, entre os dias 5 e 8 de maio, ocorrerá também na UFMG um ciclo retrospectivo da obra do cineasta argentino Héctor Olivera, promovido pelo Consulado Argentino. Seus filmes serão exibidos no Auditório Vermelho da FaLe e o cineasta participará da mesa redonda Uma história sobre o futuro: América Latina, que integra a programação do seminário Imaginação da Terra. Porém, antes mesmo do evento na UFMG, Héctor Olivera estará em Mariana para falar de sua obra no Teatro do Sesi.